terça-feira, 22 de março de 2011

Lucas e a loira #1



E aí, galera! De boa na lagoa? Hoje temos uma pequeno diálogo pra vocês. Dois personagens: Lucas e uma loira chamada Tentação. O tempo: num belo dia. O lugar: não muito distante.

- Tentação: (com um ar bem simpático) Oi, Luquinhas. Tudo bem?

- Eu: (sentindo-me atraído por sua “simpatia”) Ô-ô-lá...tu-tudo bem;

- Tentação: Sabe, já faz um tempo, hein. Estava com tanta saudade...( extremamente sedutora);

-Eu: (coração acelerado, sem querer “dar bola”) Olha, você já me ferrou bastante. Não tô mais a fim de você.

- Tentação: (mais atraente ainda) Iiiii, tá todo diferentezinho. Tenho uma novidade pra você. Um presente. Tenho certeza que você vai gostar.

- Eu: (já mais vulnerável) Hm...sei não. Essa não é a 1º vez que você fala isso...

- Tentação: (estendendo as mãos) Tá aqui. Essa caixa embrulhada especialmente pra você...você sabe que eu sempre acerto. Lembra daquela vez que...

- Eu: (estendendo as mãos e pegando o presente) É..parece legal mesmo...“Que droga! Tô morrendo de vontade de abrir. Mas, não. Não posso! Falei pra Jesus que ia parar de fazer isso!”.

Nesse momento, o coração de Lucas fica mais acelerado e apertado, os olhos ficam mais lubrificados, milhões de pensamentos vêm à sua mente em velocidade inimaginável, várias vozes falando ao mesmo tempo. A sensação é simplesmente sufocante.

 “Abro, não abro? Vou, não vou? Ah, não, velho. Não faz isso.” Exatamente nesse segundo, Lucas torna-se esquizofrênico. Há dois Lucas agora.

“Ah, eu sou pecador mesmo. A carne é fraca.”

“Espírito Santo, por favor, me ajuda!”.

“Não era nem pra eu ter conversado com a Tentação. Se fosse Jesus, ele nem tinha dado ouvidos. Se bem que...quando Jesus estava no deserto, ele conversou com Satánas...”.

“Jesuuuuus, meu Deus, eu não consigo! Cadê você?”.

 “Ah, eu não consigo ser liberto mesmo...”.

“A tua palavra diz que eu posso vencer as tentações!”.

 “Eu sou um lixo mesmo! Peco, peço perdão, peco, peço perdão, peco, peço perdão...”

“Poxa, nem orei hoje. Quer dizer, orei um pouco e li o “provérbio do dia”.

“Poxa, não era pra ter pegado o presente. Era pra ter recusado logo! Mas parece tão massa!”

“Não...Lucas...faz isso não. Você sabe que a sensação que vem depois é terrível.”

“Ah, mas Deus não tá me ajudando! Ele tá cego? Surdo? De mão atadas?”

“Mas você não está ouvindo essa voz? [Lucas, não faça isso] ?”

“Ohhh! Grande ajuda do Espírito Santo dizer: Lucas, não faça isso.”

"E agora? O que eu faço? Pensa, pensa..."

“Pô, Deus, na boa. O Senhor viu que eu tentei fazer tudo certinho, até fiquei um tempo sem contato com ela, mas hoje...sério mesmo...Vou puxar o lacinho do embrulho...”

“Senhooor, tua palavra diz...”

“Não tô sentindo nenhuma ajuda. Vou fechar os olhos. Se o presente sumir das minhas mão quando eu abrir os olhos...”

“Dê-eus, Jesú-us, Espírto San-tôo...pelo amor de deus, me ajudem!”

“Quer saber? Já foi. Pisou na merda arreganha os dedos!”

“Nãaaao. De novo, não!”

“Ah, posso fazer nada. Não adianta. Já tentei de tudo. Deus sabe que sou pecador mesmo, que eu não presto, que eu faço tudo errado. Cansei, vou desistir...”

“Senhor, fui à igreja, fui à célula, tenha misericórdia. Sinto-me tão fraco...”

O que será que vai acontecer com Lucas? Ele pegou o embrulho, até começou a puxar o lacinho...

Continua...

Até mais, pessoal!

Lucas Ribeiro

Um comentário:

  1. A foto desta conversa aqui, ó:
    (por causa da censura, a Loira foi substituída pela árvore)

    http://farm4.static.flickr.com/3406/3279657076_c02f4217b7.jpg

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